quarta-feira, 10 de abril de 2013

DOM-PBH


Quarta-feira, 17 de Abril de 2013
Ano XIX - Edição N.: 4292
Poder Executivo
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PARCERIA DA PBH COM A UFMG ESTIMULA DEBATE SOBRE ALIMENTAÇÃO E SAÚDE NAS ESCOLAS MUNICIPAIS

Projeto vai passar por todas as regiões da cidade até o final do ano, destaca importância de bons hábitos alimentares por meio de oficinas educativas e de sensibilização e reúne pais, professores e alunos

Como forma de usar informações sobre alimentação e as utilizar em prol da saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (Smasan), em parceria com o curso de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciou ontem, na Escola Municipal Amílcar Martins, no bairro Santa Amélia, na Pampulha, o projeto Educação Alimentar e Nutricional nas Escolas. A ideia é de complementar, com novas atividades educativas, a política nutricional já desenvolvida pela PBH no ambiente escolar. Pelo menos uma escola municipal em cada uma das nove regiões da cidade será atendida até o final de 2013.
Para a gerente de Educação para o Consumo Alimentar da Smasan, Adilana Alcântara, a iniciativa, que estreia em caráter piloto, agrega novidades. “O projeto Educação Alimentar e Nutricional sempre atendeu as demandas espontâneas das escolas das redes municipal e conveniada. No entanto, esse novo programa tem uma metodologia diferente. Ele é pautado na arte mobilização, o que amplia os momentos de discussão com os alunos, pais, professores e outros profissionais envolvidos”, explica.
O projeto tem como público alvo os alunos do 4º ano do ensino fundamental, ligados ao programa Escola Integrada, pais ou responsáveis, professores, cantineiras e assistentes do Programa Saúde na Escola (PSE), o que resulta em um total de 750 alunos e 200 professores, além de outros profissionais. Cada escola receberá quatro oficinas que compõem o projeto. Com propostas diferentes, os participantes passarão por momentos teóricos e lúdicos, como teatro, jogos e brincadeiras, além de prática culinária, onde os alunos poderão, inclusive, cozinhar de verdade, acompanhados pelos coordenadores da atividade. O projeto é executado pela equipe da Smasan, em conjunto com os alunos da graduação, mestrado e doutorado do curso de Nutrição da UFMG. A ação também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Smed).
A primeira oficina, “Alimentação Saudável”, acontece em forma de esquete teatral e termina em roda de conversa, onde o tema será discutido, passando pelos principais pontos apresentados. As duas oficinas seguintes, “Frutas, Verduras e Legumes” e “Como alimentar-se de forma segura”, apresentam esclarecimentos e dão dicas sobre uma série de alimentos que trazem benefícios à saúde. A última delas, “Culinária Saudável”, leva os alunos para a cozinha do Banco de Alimentos de BH, no bairro Padre Eustáquio, onde eles aprenderão três receitas, envolvendo principalmente o aproveitamento integral dos alimentos, como forma de evitar o desperdício.
Ainda de acordo com Adilana, todas as dinâmicas e os debates do projeto têm o objetivo de estimular as crianças a perceber a importância de adquirir bons hábitos alimentares desde a infância. “Essa reflexão acerca da importância da alimentação saudável, variada e adequada no espaço escolar, contribui para que os alunos construam conhecimentos mais repletos de valores e significados, tendo uma visão mais crítica para poder fazer escolhas mais saudáveis”, complementa.
Primeira experiência
A estreia do projeto na Escola Municipal Amílcar Martins, no bairro Santa Amélia, reuniu cerca de 30 alunos. Antes das atividades, as crianças participaram de um teste que tinha como objetivo reunir o conhecimento prévio de todos. Essas informações serão utilizadas para pesquisas que serão desenvolvidas pela equipe da UFMG.
Para estimular os primeiros pensamentos dos estudantes, o grupo Pangolé Arte Mobilização encenou uma peça, na qual Joãzinho passa por um desafio sobre alimentação. As adivinhações geraram, espontaneamente, a participação de toda a turma. Esse foi o caso de Isac César, de 10 anos, que ajudou Joãozinho em uma das perguntas. “Existem alimentos bons e ruins. Os ruins a gente só pode comer de vez em quando”, respondeu Isac, que arrancou palmas com a resposta.
No fim da apresentação, os alunos se reuniram em círculos para dizer o que aprenderam. Eles ainda receberam uma cartilha de alimentos, com dados sobre a função e os componentes nutritivos dos diversos tipos de frutas, legumes e verduras. A atividade foi encerrada com um outro teste rápido e com um dever de casa que será entregue no segundo encontro, quando será realizada a segunda oficina, no dia 22 deste mês.
Próximos passos
Somente neste primeiro semestre, o projeto será iniciado em outras quatro escolas municipais, Hilton Rocha, no Barreiro, Professor Domiciano Vieira, na região Leste, Efigênia Vidigal, na Oeste, e Gracy Vianna Lage, em Venda Nova. No segundo semestre serão contempladas as escolas Senador Levindo Coelho, na região Centro-Sul, Professora Consuelita Cândida, na Nordeste, a Acadêmico Vivaldi, na Norte e a Carlos Góes, na Noroeste. A proposta é que o projeto seja ampliado para novas escolas em 2014 e que a cada ano novas turmas do 4º ano possam participar das atividades.       

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